terça-feira, 24 de julho de 2007

Errar, pra variar.

Faz tempo que não escrevo uma coisa minha, só minha. E vocês sabem, poeta sente saudade de si mesmo. Sente até pena. Esse sentimento feio que tendemos a ter por nós. Com tanta coisa melhor para apreciarmos em nós mesmos, só vemos os pontos negativos e parece que assim o deixa maior fazendo com que todos o vejam. É coisa do ser humano isso. E ainda dizemos que errar é humano. E então, penso eu. Seria uma pessoa que não errasse não humana? Há de crer que sim. Hoje até levantamos bandeira da paz para os erros passados. Como se eles fossem bonitos. Como se valessem ser comemorados. Hoje mesmo repensando no passado vi o tanto de erros que cometi. E pior, ainda cometo. Mas é coisa do ser humano, não é? Uma vez pensei sozinha, e se pudêssemos pular os erros? E se pudêssemos nascer sabendo? Melhor, pensei: E se eu dormisse um dia e acordasse no outro e toda parte embaraçosa da vida sumisse. Como, a escola, o primeiro beijo, vida social, as leis de casa, a burocracia da vida, e etc. Mas eu sabia que sem essa merda toda eu não seria quem sou. Que hoje só sou Isabela pelos erros que aprendi. E se não tivesse errado. Eu perderia os momentos mais memoráveis. E lógico, os mais embaraçosos. Que o erro mesmo seria não me permitir errar.

Nenhum comentário: