segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Liberdade no olhar.

Os poetas tentaram definir, nós tentamos sentir, mas em resumo: a sociedade tem um conceito equivocado do que é Liberdade. Atitudes como largar seu emprego, sair da casa dos pais, terminar um relacionamento, viajar para um lugar distante, usar seu dinheiro exclusivamente para o prazer, ignorar as regras e por aí vai, são vistas como libertárias. Embora, isso seja apenas libertinagem. Viver assim, sem nenhuma responsabilidade, até consigo mesmo, bate de frente com o verdadeiro significado dessa palavra.
O indivíduo que sabe ser livre entende que precisa primeiro ser integrado totalmente com a sociedade, consciente das suas atitudes e consequências, seja com ele ou com o próximo.
Entender isso é fácil, o problema está em se desfazer da idéia de ser livre. A vida com seus dramalhões, sempre tendendo a uma novela, te desafia constantemente a continuar no mesmo ritmo. Então, sentimos necessidade em sair da rotina, alterá-la, agir com expontaneidade, nem que seja só por uma noite. Nos faz sentir donos de si mesmo, não é? A liberdade de escolha é realmente coisa rara. Mas aprender a usar isso, mostra na verdade, que temos que olhar de dentro pra fora. Por mais clichê que soa isso, a real liberdade está dentro de nós, não é o mundo que nos expõem a ela.
Então, a tão sonhada liberdade, que nos remete a anarquia, subversão, rebeldia, é na verdade viver com disciplina. É aprender a subordinar o prazer de hoje em prol de um bem maior do amanhã. Ser livre não é ser escravo de suas vontades e sim amante de suas prioridades.