sexta-feira, 5 de outubro de 2007

O bom da vida é não ter certeza.

Saber quem você realmente é deve ser uma benção. Ao mesmo tempo isso cai uma maldição ter tanta certeza de si. Você não pode se dizer vitíma, já que se conhece tão bem. Na vida, o tribunal são as pessoas ao seu lado e se elas não te conhecem tão bem, você já se põe no papel de culpado. Olhe-se bem no espelho e faça isso por dias, noites, tardes e madrugadas. Tente catalogar tudo o que vê. Algo sempre te surpreenderá. Aquele choro sem razão em uma tarde o palavrão bem entonado que escapou de sua boca, o riso gostoso que teve que ser contido. E perceberá que você nada sabe além do que já sabia. Que mesmo que se conheça muito bem, nunca terá certeza disso. E, às vezes, o bom da vida é isso.