sexta-feira, 29 de fevereiro de 2008

Me desculpe, mas eu tive que mentir para viver.

Acho que perdi o tempo de me colocar de pé. Fico me perguntando se um dia acharia o momento. Eu tenho certeza que eu não o deixei escapar. Ele ainda não veio para mim. Na verdade, acho que eu nunca acharia esse tempo, ele nunca foi me permitido. Acho que meu cansaço nunca esteve tão aparente. Já não sei mais qual o plano usar para respirar. Nunca aceitei o que me foi imposto. Usei violência nas palavras e não obtive nada, nem com a minha paciência fingida consegui abrir suas mentes. Eu não sei se o caminho é certou ou errado. Mas a minha melhor saída foi a mentira.
"O que eu queria capturar é o olhar no rosto de uma mulher enquanto ela está sendo coroada, meio que, extasiada, delineador azul escorrendo, tipo 'eu, eu sou... Eu venci! Eu venci! Tenho pomada sob os olhos e fita adesiva na minha bunda e tive que fazer de tudo, mas eu ganhei o Miss Simpatia' e é a enojante essência dessa cultura que eu quis capturar." — Courtney Love em 93-94, falando sobre a capa do Live Through This

sábado, 23 de fevereiro de 2008

Minha vida sem mim.

Esta é você.
De olhos fechados na chuva.
Nunca pensou que fosse fazer algo assim.
Nunca se viu como...não sei como descreveria,
como uma dessas pessoas que gostam de olhar para a lua
ou que passam horas contemplando as ondas ou o pôr-do-sol.
Deve saber que tipo de pessoas estou falando. Talvez não saiba.
Seja como for, você gosta de ficar assim lutando contra o frio e
sentindo a água penetrando por sua camisa e tocando sua pele.
E da sensação do chão ficando fofo debaixo dos seus pés. E do cheiro. E do som da chuva batendo nas folhas.
De todas as coisas que estão nos livros que você ainda não leu.
Essa é você. Quem teria imaginado...você.

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2008

Virginia Woolf já dizia:

Se você não contar a verdade sobre si mesmo, não pode contar a verdade sobre as outras pessoas.

terça-feira, 19 de fevereiro de 2008

Estou começando a ver a luz.

Sou da religião dos ateus de fazer o bem pelo próprio bem.

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2008

Dançando no escuro.

Aonde foi que coloquei meus pés? Debaixo da areia movediça que foi criada afim de me matar. Então, aonde deixei o medo? Pra me pôr contra minha vontade, até mesmo contra a coragem. Sim, porque coragem mesmo está nas pessoas que não desistem. Acho que fui longe demais, quebrei a parede invisível da vida, achei-me no lugar mais fácil da terra. No meu esconderijo perdido da mente. Minhas fantasias irreais, com uma beleza natural cegavam-me. E me deixei levar, porque eu via uma saída. Veja só. Saída pra vida? E eu pensava que era só de ida. O que eu não entendia é que por mais que a vida fosse minha, não tenho o direito de dar um fim nela. Quando me dei conta disso, felizmente não foi tarde demais. A luz não demora para chegar quando estamos sóbrios. Um grito saiu de mim: Me deixe sair! Até imagino a cara de Deus quando me ouviu. Um tsc, tsc na cabeça e um sorriso de canto na boca, me deu outra chance, outra música. Aprendi hoje que só é a última música se pararmos de cantar.

terça-feira, 12 de fevereiro de 2008

De que umbigo eu posso realmente cuidar se não for do meu? O umbigo é o símbolo do alimento interior, é por onde eu me nutro de mim mesma. Ninguém pode fazer isso por mim depois que acabou o tempo da barriga-da-mamãe.