quinta-feira, 31 de maio de 2007

Aborto: fechar os olhos ou criticar?

Passa na tevê, ouve no rádio, amigos comentam e a família crítica. O aborto agora é a coisa mais comentada no Brasil. Causando uma tremenda dúvida nas cabeças das pessoas e na minha também.
É difícil falar de algo que você não teve que passar, mas acho que é mais que necessário que tenhamos uma posição sobre esse assunto. Gravidez precoce ou indesejada? Acaba chegando ao mesmo resultado, tirando as razões que causou a gravidez não bem vinda.
Portugal que é um dos países mais tradicionalistas aprovou a legalização do aborto (com até dez semanas de gestação). Embora, países da União Euroéia, do chamado 1° Mundo, ainda estão em controvérsia.
No Reino Unido, 15 países legalizam o aborto, a Inglaterra está incluída, por ser uma grande potência, é válido, na minha opinião. Mas, a Irlanda do Norte ainda se opõe por sua forte influência religiosa.
O Brasil na cola de Portugal, está organizando um plebiscito para avaliar essa causa. Não seria a total legalização do aborto, mas sim, com ainda algumas restrições: autorizaria o aborto em fetos de até 12 semanas e em caso de estupro até 10 semanas.

Minha opinião é a que o Brasil não está preparado para tal legalização. Pela falta ignorância do povo, pelo ruim atendimento na rede pública. As mulheres, não veriam a gravidez indesejada como um problema delicado, e assim, não se prevenindo, por haver uma solução prática, caso fique grávida. Embora, a legalização no caso de estupro é mais do que necessária, me desculpem os mais religiosos, para mim um feto não tem consciência de si, e não teria o porquê de alguém acarretar com uma criança você não quis, não tem condição de ter, por um homem que te agarrou na rua sem te conhecer, te abusou, e foge sem se preocupar com as sequelas disso.
Com Lei ou não, as pessoas que acreditam na ética, vão ter os filhos, e as que preferem abortar, acharão uma solução.
Nos países do Norte, 20 % das mulheres abortam (lembrando que a maioria lá, é legalizado o aborto), aqui na América do Sul, 80 % das mulheres abortam, com lei ou não, mais uma coisa a se preocupar. É mais do que fato que o país não está preparado para isso. Eu acredito que se investissem toda essa polêmica na Educação, futuramente, seria interessante repensar sobre a legalização no país.
Acaba em filosofia, em filosofar. Não chegaremos a conclusão mais justa nunca. Mas, não devemos parar de pensar nisso, e em que podemos ajudar. Mesmo sem a solução, só a nossa posição sobre isso faz diferença.
Não quero defender nem descartar, só quero fazê-los pensar.

* para quem interessar, um bom vídeo:
http://www.youtube.com/watch?v=UgH7bkV0Dm4