sexta-feira, 29 de junho de 2007

Ontem palavras, hoje são facas.

Alguns dizem que palavras são traiçoeiras. E elas são. Elas te cortam no meio e colam na sua mente, e talvez continue a ti abalar para sempre. Hoje senti um pior sentimento que não foi causado por nenhuma palavra ou frase qualquer. Foi exatamente o contrário. O silêncio foi o culpado. A falta da conversa e das palavras me cortaram tão profundamente e abriram minha ferida que estava há muito tempo esquecida. As pessoas, às vezes não sabem amar os outros, e não digo que cada um mereça um jeito de ser amado, o único jeito de amar é fazer sacrifícios sem reclamar, não esperar de alguém o que ela realmente é. E amá-la até quando o que você não entende vem á tona. Eu só queria ser aceita pelo que sou e não pelo que você espera que eu seja. Porque eu simplesmente sei que os primeiros segundos de uma faca te cortando são mais agradáveis do que as da cicatrização.

domingo, 24 de junho de 2007

Vento, ventania me leve para a porta do céu...

Uma daquelas ventanias que passam na sua cabeça, que era supostamente pra fazer baderna, no entanto, me deixou assim, toda esclarecida com a vida. Mais evoluída e com uma nova filosofia. Não digo, que me libertou, e sim abriu, abriu a cabeça para o que a gente não dava valor. Não digo que só é culpa do amor, porquê sem querer... você cresce. Sem uma causa aparente, embora saiba que exista. É o mistério da vida não é? São o que eles dizem... Isso me lembrou aquela frase do filme "Elizabethtown" que a Kirsten Durst diz: "É o que eles dizem.." e o Orlando Bloom responde: "Mas quem são eles?" (Não lembro o nome dos personagens) Tá, a frase é clichê de um filme modinha. Mas, me fez pensar: Quem são "eles"? A tevê? Nossos pais? A sociedade? Eu tô começando a acreditar que "eles" somos nós disfarçados. A nossa consciência disfarçada de bom senso. Um modo de não dizermos que concordamos com a hipocrisia da sociedade, e fazer o mesmo. Covardia é uma coisa triste de ser ver. E vou culpar a quem? Aliás, chega de apontar os dedos para as pessoas. Porquê você aponta um, e são apontados três, sem querer, para você. Eu só quero ter e saber que a decência ainda existe. E que eu posso dar valor para isso. E esquecer do que foi me imposto. Por pouco, você acha o que já tinha. Uma pessoa muito sábia me disse um dia: "Isso aqui é só o corpo" E é. Não é?! Se fôssemos só corpo não existiria os sentimentos e se estes não existissem seríamos só corpo. Parece muito confuso, parece que o caminho é difícil. E não temos de esperar ninguém avisar. A resposta sempre esteve aí dentro de você. Em algum lugar entre seu "Boa noite" e "Bom dia!", onde as ondas são mais que ondas, e onde o que "eles" pensam não são nada perto da essência que existe em você.

quarta-feira, 13 de junho de 2007

Mentir pra viver.

Meu nome é mentira. No dicionário a descrição da palavra "mentira" é: lorota; falsidade e etc. Não vamos nos apressar, não sou nenhuma lorota, nem uma neo-verdade, podem ser poucos que me conhecem, mas eles existem. Por isso digo, sou de verdade. Sou a verdadeira mentira. Uma mentirinha assim contada para poder dar um ar de graça nessa conversa. Como quando não conhecêmos muito bem alguém e ele pergunta a você se gosta de tal coisa, e você responde que sim. Mas, na verdade não. Você nem sequer conhecer a tal coisa. "Oh, little white lies." Podemos mentir para coisas banais. Aliás! Podemos? Diga para mim, me ensina a mentir quando posso. Porquê, achei que nessa vida precisaríamos da verdade para tudo e parece que não... precisamos é de só uma mentirinha ali e aqui. Ah.. coisa banal! Esse mundo é muito do engraçado. Nos tribunais você jura não mentir, embora antes juraste para o advogado mentir. E é tudo muito normal. E quando mamãe pergunta se está gorda, você diz:"Magrinha!" e pensa "Que balofa..." E isso é correto não é? Bom, foi que mamãe e papai nos ensinaram, e vamos continuar a ensinar. Uma mentirinha aqui, outra lá. Pelo menos, não cometo esse pecado de mentir no que escrevo. Porque posso ser mentira na vida, mas sou verdade na poesia.

segunda-feira, 11 de junho de 2007

Cavalos-marinhos.

Eu tenho uma amiga, uma boa amiga. Que não precisa de anos, pra eu saber tudo, ou quase tudo dela. Acontece, que pelo menos o que sei, é que ela não acreditava muito nessa baboseira de amor, muito menos de destino. Sempre com a cabeça no lugar, e me mostrando os fatos, para que eu colocasse meus pés no chão. Mas, es que o destino muda até o mais erudito, não é? Aliás, o culpado, ou herói disso, nem se pode dizer que foi o destino, e sim o Amor. Com Azão (A), ou azinho (a), é tudo amor, aquele sentimento que faz querermos correr gritando na rua o nome do amado, e nem se importar com sua aparência, o que os outros dizem, ou se o final vai ser feliz. É, a coisa que até mesmo os mais céticos, não entendem com fatos. O Amor não se analisa. E eu acho isso fantástico. Mais fantástico, ter acontecido isso com minha querida amiga, ele fez crescer naquela sementinha que ela guardava escondida uma flor linda, cheia de vida, acho que até ela não se reconhece, às vezes, e é pra isso mesmo, que o amor existe. Para nos reinvertamos, nos conhecer, e fazermos o melhor do que temos. Sorte ou não, destino ou não. Vai saber, o que sei é que se pessoas entram na nossa vida para nos completar tem que ser por inteiro, tem que ser para melhor. O amor, não é egoísta como muitos pensam, você não precisa dosá-lo, você tem é que cuidá-lo. Do jeito que eu falo, até parece que tenho 60 anos, ou sou uma pessoa muito bem resolvida, e nada disso. Sou mais minha amiga do que ela mesma. Eu encontrei meu cavalo-marinho agora também. E não tenho certeza de muito coisa, só posso falar para vocês amarem, sem medo do final da história, porque nenhum amor vem para o mal, se for verdadeiro. Nenhum.

sexta-feira, 8 de junho de 2007

A morte é minha inimiga.

Me peguei pensando na morte, passei a madrugada em claro. Eu tenho um medo particular dela, pode se dizer que sou medrosa, medrosa pelo desconhecido. Mas eu duvido que exista alguém com absoluta certeza dela, sem nenhum friozinho na barriga. Quando eu filósofo muito antes de dormir, tenho medo de não acordar. Que bobeira, esses assuntos sempre estiveram aí, e só quando o analisamos temos medo de ser verdade. Com certeza, você já viu algum filme de espírito e ficou com medo de ir dormir, embora soubesse que isso já existisse, mesmo se você não acredita. Cheguei a conlusão de não demorar muito para morrer, e se puder, morrer por um acidente, algo indesperado seria melhor, preferiria não sentir a morte vir. Mesmo sabendo que isso foge do meu poder. Talvez, eu tenha mais medo de deixar meu corpo do que ir para o desconhecido. Porquê mesmo que sinto que não sou daqui, meio perdida no tempo, meio excluída com meus pensamentos, sempre gostei daqui. Adoro este mundo, quero tanto saber de tudo, ver as mudanças, conhecer lugares e coisas diferentes e fazer algo para melhorar essa mesquinharia podre. Então, é isso que me amedronta, porque se morrer perdi o tempo de fazer o que eu queria. "Perdi o tempo." Tal expressão, me deixa com mais medo, o tempo corre tão rápido e eu continuo a filosofar, a escrever para quem ser interessar. Espero só que "lá", onde for que seja, possa ser parecido com aqui, com pessoas diferentes, um pouco de cotidiano, show businnes...para eu poder crescer, e ver os outros crescer. É estupidez ficar esperando por ela e mais ainda ter medo dela, mas, escrevo isso com desejo contrário, para que sintam a vida, e que tenham mais medo de não vivê-la do que perdê-la.

quarta-feira, 6 de junho de 2007

Desabafar é transgredir.

Um pouxo mais de estupidez, meio copo de frieza e duas colheres de indiferença. E você se vê como uma receita. Massa dura, receita da Vó, cobertura a gosto. Às vezes, tenho medo do que vou dizer, porquê nem tudo que eu digo é o que eu falo... e saí assim, só serve pra se arrepender. Desconta, acaba, deixa tudo assim, meio desequilibrado. E nessa hora até o ser mais amado, passa a ser o mais odiado. E não tendo uma boa causa pra isso, só por um nervosismo qualquer.
Eu tenho impressão que tenho guardado um monstro dentro de mim, que corrói meu coração, às vezes, é esquecido, mas qualquer sentimento ruim vem para alimentá-lo. E quando algo assim, de tamanho valor acontece, ele vem à tona. Deixa todos com receio, por isso que digo, nem o mais conhecido sabe, eu que sou eu não sei nem da metade. Hoje sou Rafaela, amanhã posso ser Fernanda, e depois Maria, embora, eu saiba, sempre fui e serei Isabela. Mesmo não tendo mostrado a diferença, não tendo falado dos meus sentimentos. Eu tenho uma filosofia positiva da vida, mas nem sempre consigo ser alegrinha, e ter uma história pra contar.

domingo, 3 de junho de 2007

Aviso aos cegos.

Se sentir desvalorizada é uma merda. Me desculpe o palavreado, não achei palavra melhor para esclarecer o meu sentimento de hoje. Sou uma hipócrita, dessas que lutaram sempre com uma causa, mas se esquecem desta na sua vida. E me sinto envergonhada. Por esse, e por um motivo maior. Talvez, seja maior só em minha cabeça, porquê para outros seja um pequeno problema. Mas o que adiantará eu achar que isso não vale ser sentido por não ser maior do que a depressão do outro? Eu quero ter dezesseis anos e cinco meses, trinta dias, quero ser alguém com exatamente essa faixa etária, quero sentir essa idade, sem me sentir inferiorizada. Sinta meu problema, meu corpo e minha mente não acompanham e minha consciência tá lá...perdida no tempo. Sem movimentos, eu tento entender e tento não querer pensar assim, embora minha culpa engolida não me deixa esquecer. Por quê não posso ser assim? Ou, pela idéia clichê de todo adolescente "Por quê sou assim?". E isso cola em sua mente e você se torna mais um aborrescente.
Agora, eu direi a você e a ele, não tenho medo de isso soar falso ou que no futuro minhas palavras tenham sido mal pensadas, simplesmente eu sei. Isso não é uma fase, nem idade, eu serei assim. Estou sem nenhuma máscara e só os cegos não me vêem.