quinta-feira, 24 de abril de 2008

E a ironia sempre presente em minha vida...

É lógico que sou pró-vida. Não sou só porque uso pílula?

I'm miss world. Somebody kill me, please?

Meu amor de braços cruzados no canto da sala. Olha-me nos olhos querendo dizer algo. Eu sei bem o que é. E não preciso ficar nua na frente dessas pessoas. Eu não as conheço! Ninguém tem o direito de dizer minhas verdades. Essa é minha tragédia e os outros são cegos para vê-la. Os meus segredos são meus. Você saberia cuidar deles por mim? Como eu cuidei dos seus meticulosamente? I don't think so. Está nas minhas pernas, subindo pela minha boca. A minha mentira me deixa sentir um pouco do que você não queria. Do que você nunca quis.

domingo, 20 de abril de 2008

Me deixe com essa deixa, com seu último pensamento, sua última fala. Vá embora! Quero ouvir a porta ranger. Quero ouvir os gritos na saída. Já ensaio essa briga há algum tempo. E hoje, eu vou até o fim.

quinta-feira, 10 de abril de 2008

Um filme de Daniela Medeiros

Parte - 2

Terminado o jantar, ela recolhe os pratos e os deixa de banho na pia. Então, vai para o seu quarto. No corredor da casa algumas fotos antigas, uma moça muito bonita em uma praia, um retrato de uma família:mamãe, papai, filhinho e filhinha. Daniela passa os olhos rápido pelas fotos e entra no seu quarto. Na sua cabeceira, um colar de pérolas, algo que com o salário dela e do marido juntos não poderiam comprar. Ela, então, para entretida com o efeito da luz sobre as pérolas. - Você vai tomar banho? diz o marido quando entra no quarto. Ela responde que não, então põe seu pijama e deita na cama, pensa duas vezes se devia retornar ao seu livro, Adélia Prado era o que ela estava lendo, mas o cansaço responde que não, e assim ela adormece. Em um cavalo branco ela se vê sentada, ao seu redor uma floresta bonita, tão clara que quase não consegue ver nada. Não há com o que se preocupar em um lugar assim.


to be continued...