terça-feira, 29 de maio de 2007

Livre-se de você.

Andei pelas ruas, tão segura de mim, tão confiante, não querendo ser mais ninguém, sem querer ser outro corpo, sem querer ter outra mente.
E sem pais, namorado, amigos, conhecidos, sem pessoas, só você. Sem até sua consciência. Eu andei, eu andei, só comigo e meu corpo.
Me deixei ser levada com o vento, vi luzes tão bonitas, e desejei ficar ali, até o amanhecer, esqueci dos outros, porque nem comigo eu me importava. Eu vi todos os casais apaixonados naquela avenida, e senti saudade, mas continuei andar, estava sem limite. Mas me sentei por estar cansada, embora minha mente ainda caminhava... ela pensou em tudo na vida, na rua, nela, nele, naquele e naquela, naqueles e inclusive ela mesma. Nós temos opções, não somos escravos do tempo, nós só somos escravos de nós mesmos. E assim me senti livre, só com essa caminhada. Por um segundo eu me senti bem. Por estar ali, sem ninguém e desejo a cada um de vocês, sejam livres, pelo menos uma vez.