terça-feira, 24 de julho de 2007

Errar, pra variar.

Faz tempo que não escrevo uma coisa minha, só minha. E vocês sabem, poeta sente saudade de si mesmo. Sente até pena. Esse sentimento feio que tendemos a ter por nós. Com tanta coisa melhor para apreciarmos em nós mesmos, só vemos os pontos negativos e parece que assim o deixa maior fazendo com que todos o vejam. É coisa do ser humano isso. E ainda dizemos que errar é humano. E então, penso eu. Seria uma pessoa que não errasse não humana? Há de crer que sim. Hoje até levantamos bandeira da paz para os erros passados. Como se eles fossem bonitos. Como se valessem ser comemorados. Hoje mesmo repensando no passado vi o tanto de erros que cometi. E pior, ainda cometo. Mas é coisa do ser humano, não é? Uma vez pensei sozinha, e se pudêssemos pular os erros? E se pudêssemos nascer sabendo? Melhor, pensei: E se eu dormisse um dia e acordasse no outro e toda parte embaraçosa da vida sumisse. Como, a escola, o primeiro beijo, vida social, as leis de casa, a burocracia da vida, e etc. Mas eu sabia que sem essa merda toda eu não seria quem sou. Que hoje só sou Isabela pelos erros que aprendi. E se não tivesse errado. Eu perderia os momentos mais memoráveis. E lógico, os mais embaraçosos. Que o erro mesmo seria não me permitir errar.

quarta-feira, 18 de julho de 2007

A Copa do Mundo é nossa...

Na sexta-feira, 15 de junho o presidente Luiz Inácio Lula da Silva assinou documento onde o governo brasileiro se compromete a cumprir 11 aspecto exigidos pela Fifa para realização da Copa de 2014 no País.

O presidente acha mesmo que a Copa vai ajudar alguma coisa no país? A resposta dele foi: "Eu tenho certeza que o Brasil vai dar um show não só dentro de campo, mas na preparação dos estádios e na infra-estrutura para receber a Copa do Mundo".

Com Ricardo Teixeira reeleito presidente da CBF já começam os projetos com a Copa. No projeto que Campo Grande apresentou a CBF está prevista a reforma do Estádio Pedro Pedrossian, o Morenão. A obra prevê a revitalização total do entorno e da infra-estrutura do estádio. Será mantida a capacidade atual, 45 mil pessoas, mas, ao invés de cadeiras e arquibancadas, serão instalados assentos e implantada uma cobertura ao longo de toda a estrutura. O investimento previsto, segundo Rocha, é R$ 140 milhões, somente na obra do estádio.

O Brasil continua na pose nativista de sempre. Somos um país de terceiro mundo que deixa se manipular pelos vivaldinos. O país tem outras prioridades do que tirar dinheiro de quem precisa para patrocinar uma Copa do Mundo. E todo aquele blá blá de que faz parte da cultura é só desculpa para a FIFA e a CBF lucrar às custas de ingênuos que trabalham DE GRAÇA nos estacionamentos, nas entradas revistando pessoas, 8 horas por dia, sem ganhar nada. Se é assim. Por que não usam esse dinheiro para outros meios? E não me venham falar de patriotismo! Porque patriotismo é cuidar do seu país e não passar a mão na cabeça dele. A política aqui é nativista. Como se dissesem: "Não é muito bom, mas é o que temos." E assim continua essa bola de neve. Os chefões tiram dinheiro dos ingênuos e estes pra virarem chefões ou viram atletas ou trabalham na Globo. Mas, talvez virem ativistas que saibam abrir os olhos e ver a verdade nessa sujeira toda.

sexta-feira, 13 de julho de 2007

É costume não me acostumar

Estou acostumada a não ter nenhuma surpresa
Estou acostumada a não ter nada de bandeja
Estou acostumada a não comer sobremesa
Estou acostumada a conviver com a tristeza

Mas não, com isso não vou me acostumar
porque se acostumar é dizer que entendo
que existem coisas que eu não posso pegar

O porque somos tão fracos
por não tentar
por não alegar
O que deixamos assim
só pra errar...

Porque eu sempre quis lutar
e agora sim vou cantar
para deixar isso em mim grudar
Percebo agora que que me acostumei
mesmo a não me acostumar.

sábado, 7 de julho de 2007

Centenas de dúvidas cabíveis num corpo só.

Vocês tem que me ajudar! Eu digo sempre que sou o que sou. Agora me pergunto dos meus valores não os achei. E meus pecados estes eu sei. Eu sou uma menina pequena que diz mais do que tem pra falar. Eu vejo muito do que não é e agradeço ao que não tenho para projetar a imagem do que querem ou do que subconscientemente eu queira. Ó dúvida cruel, saber-se se me amo ou amo o que quero ser. Eu já sei que não tenho limite, eu já sei que o que vem foge da minha mão, eu já sei, eu já sei! Deixe-me dizer o que não sei! Não sabia o que fazia. O vazio que eu sentia agora mais complexo me deixou. Eu corro pro travesseiro no entanto queria balas. De festim não, essas me lembram a festa. E não estou comemorando nada. Me ver como contradição não é motivo de comemoração. Ninguém me disse que eu podia tentar, ninguém me explicou como doeria tanto tentar ser o que é.

sexta-feira, 6 de julho de 2007

Mundo Technicolor.

É bom pegar uma folha em branco e pensar que ela nunca foi usada, que ela esta lá para você escrever, desenhar ou até rabiscar. Fazer uma lista das coisas que quer fazer antes de partir ou contar como foi seu dia para relembrar depois e se a inspiração bater escrever uma poesia para alguém. Imagine só se tivêssemos folhas em brancos em nossas vidas, se tivêssemos a borracha imaginária para poder apagar as feridas, talvez até um lápis mágico para desenhar o amado. Poder se desenhar com as medidas certas, escrever os pensamentos na cabeça. Realmente é tentador. Ter poder sobre os acontecimentos de tudo. É... é. Mas que mundo sem graça esse! Se desenhassêmos em cima da vida ela seria toda de mentira. De que valeria toda essa magia de fazer um novo passado, de brincar com a nossa história se não existisse verdade nela? Seja seu lápis mágico, faça do teu futuro uma folha em branco e dê um colorido, o que foi ruim é passado. Eu quero uma árvore dessas bem grandes para que eu possa olhar lá longe as casinhas pequenas e eu sei que lápis nenhum consegue fazer! Eu quero ser a escritora mas não quero escrever! Não quero ser mais uma folha maldita com essa inútil magia tentando não mostrara verdade dessa vida. Colocando folhas branquinhas em cima da sujeira. Quero ver este mundo como ele realmente é. Eu quero mais colorido nas nossas histórias. Eu quero fazer com as minhas mãos um mundo technicolor.

domingo, 1 de julho de 2007

É pra você mesmo.

Todas as vozes vão diminuindo. Eu quase não ouço nada, mas quando você fala! Ah..eu sinto que todos meus sentidos querem tocar sua alma. Me vejo despida nesse mundo de fantasia, onde querer voar sozinha não é uma despedida. A força que tenho vem de dentro e vai de encontro com seus sentimentos. E os problemas do mundo se vão, e eu com certeza no coração. Porquê, ele nunca foi tão bem decorado, ele nunca foi tão bem consertado, ele nunca foi assim...tão bem amado. E se eu tivesse a troca das coisas, se eu tivesse poder sobre o mundo, eu tiraria a tristeza de você, eu tiraria tudo aqui, para você lembrar de mim como alguém que só quer teu bem. Eu já não me importo, nós não temos que fazer nada. Nós somos agora deuses, anjos sobrepostos nessa névoa, mandamos em nós mesmos. O nosso maior poder é o nosso livre arbítrio. E a nossa plenitude é o amor. E eu falo com a mesma certeza da morte que se hoje tenho tudo isso, foi por você ter ficado aqui comigo.