Já passava das duas horas da madrugada, o bar estava cheio. Rolava uma baladinha hard rock que todo mundo sabe cantar e alguns olhares trocados.
Mas tinha aquele. Um cara que o fulano me apresentou e não tirou os olhos de mim desde então. Pensei em retribuir o olhar, mas quando o fazia, ele fingia não prestar atenção.
Noite adentro, alguns goles a mais e as conversas começaram a ficar nebulosas. Logo o perdi de vista.
Foi quando ele apareceu do meu lado, gaguejando pra me pedir um cigarro.
E tirei um cigarro do maço, esperando deixa-lo mais tranquilo.
Fiz o que toda garota que finge não estar interessada faz: olhei para os lados como se estivesse procurando algo ou alguém. Ele se posicionou na hora. Disse o primeiro chaveco barato que lembrou, mas valeu a tentativa.
- Garotas bonitas não podem ficar com copos vazios.
Fiz o que toda garota que finge não estar interessada faz: olhei para os lados como se estivesse procurando algo ou alguém. Ele se posicionou na hora. Disse o primeiro chaveco barato que lembrou, mas valeu a tentativa.
- Garotas bonitas não podem ficar com copos vazios.
E pra minha surpresa, encheu meu copo com aquela cerveja que pensei que só eu gostasse.
Meu primeiro pensamento foi: homens e sua mania de nos embebedar. Mas pô, ganhei uma cerveja e ele ta interessado. Tá na hora de parar de ser difícil.
Então abri um sorrisão, agradeci e sentei mais perto dele.
Conversa vai, conversa vem. Já passava pela minha cabeça: quando é que ele vai me beijar?
Foi quando ele pegou na minha mão e disse:
- Queria muito ficar com você hoje, mas a minha namorada ta aqui no bar.
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